Overview
Forçado a abandonar a sua reforma, uma vez mais, devido a uma promessa antiga, John Wick viaja para Roma, a Cidade Eterna, com o objetivo de ajudar um velho amigo a derrubar uma organização internacional secreta, perigosa e mortal de assassinos procurados por todo o mundo.
Quando John Wick apareceu em 2014, não só alavancou a carreira do Keanu, como trouxe uma novidade para Hollywood. Novidades são sempre bem-vindas, pois nos tiram do padrão da industria e mostram uma forma diferente de fazer cinema. A sequência trouxe a mesma equipe competente de volta e toda a essência do antecessor retornou com mais força.
O filme tem muitas qualidades, porém há dois pilares fundamentais: O protagonista e o diretor.
Chad Stahelski é um fenômeno e merece todos os elogios por este trabalho. Não é atoa que a ação do filme é impressionante, já que ele é um ex-lutador e dublê muito experiente, até trabalhou com o Keanu em Matrix. Como esperando de um especialista no assunto, as coreografias e todas as cenas de ação são de tirar o fôlego. Ele usa takes longos e ângulos precisos para criar uma atmosfera realista e introduz o público dentro das lutas, é um trabalho de direção excelente. Em certos momentos a imersão foi tão grande que me senti jogando um game.
Reeves nunca foi um bom ator dramático, mas isso não quer dizer que ele é um ator ruim, até porque atuação não se resume à expressão facial. A fisicalidade que ele entrega é absurda na eficácia das coreografias e manejo das armas de fogo. No momento, acredito que não há um ator de ação melhor que ele em Hollywood. Vale lembrar que o cara tem 52 anos.
Outros grandes méritos são a parte técnica. A trilha é forte e repleta de adrenalina, que é um dos maiores responsáveis pela grande imersão. A fotografia é notável em todas as suas diferentes formas. Tem neon, sequências escuras e até em ambientes completamente fechados, um ótimo trabalho de transição mantendo o ritmo com o espectador.
Não vá esperando uma grande história, porque não é essa a proposta. A duração pode afetar um pouco a experiência, mas uma sequência perto do ato final é a melhor parte da franquia, então talvez passe despercebido.
John Wick – Um Novo Dia para Matar consegue a façanha de superar o seu antecessor. Possui uma escala maior, mas em momento algum tenta ser pretensioso. Neste entendemos realmente o motivo do protagonista ser tão temido e conhecido. É o gênero em sua melhor forma, não perca esta experiência.
Ps: Tem uma cena de um certo encontro clássico que é hilária.