Publicado em 18 de jun de 2019 por Mayara Armstrong

Como boa de escape game, desde criancinha, sempre me interessei pela temática e descobri, há pouco tempo, que havia uma dessas franquias de jogos aqui em Santa Catarina, a Escape One – são duas sedes, uma em Florianópolis e outra em São José, região metropolitana da capital. Como boa catarinense que aceita – e adora – desafios, aproveitando a ida e estadia em Florianópolis, reunimos um grupo de amigos e fomos jogar. Ao total, éramos em dois casais, três mulheres e um homem.

Fomos desafiados a conhecer e participar em uma das salas da Escape One! Mas não era um desafio comum. Desta vez, nós seriamos sequestrados! Fomos Reféns!

A história da sala Reféns é simples… Fomos sequestrados. Temos 60 minutos para escapar antes do nosso sequestrador voltar e nos matar com uma serra. Simples, né? Pesado. Assustador. Mas aceitamos. Nos preparamos psicologicamente para encarar esta sala temática. Imaginamos diversos cenários. Se não bastasse, antes de encarar a sala – e “como todo bom sequestro fake” –, fomos algemados e encapuzados. Antes mesmo de entrar no cenário, a ambientação já era introduzida. Ali, segundos antes de entrar na sala. Passamos, encapuzados, por uma sala e fomos conduzidos ao nosso cativeiro, convidados a sentar no chão. Sem iluminação e algemados, foi ali que o jogo começou.

Pode parecer loucura, mas fez muita diferença para a ambientação do jogo, como escapes games são conhecidos pela experiência que proporcionam ao consumidor, com certeza é um diferencial muito bem pensado, até porque nosso cérebro consegue se adaptar melhor a situação e realmente vivenciar a adrenalina do jogo. Somos nós mesmos quem jogamos. Devemos nos mexer. Explorar. Vivenciar aquelas emoções. Entender tudo que nos cerca. E foi isso que fizemos quando o cronometro começou a contar. Havia a meta, sair da sala – e não morrer, já que fazia relação com a história – em 60 minutos.


Informativo sobre a sala Reféns. Site oficial

Ao início de todo jogo, obviamente, recebemos todas instruções, o funcionamento para quem nunca jogou, além de explicar as regras do cenário e, claro, a história da sala. Fomos nos familiarizando com a história, algemados e encapuzados. Entramos no cativeiro, sentamos no chão – sem enxergar nada – e tudo começou.

Escapar das algemas até que foi fácil, a dificuldade inicial era aguçar nossos sentidos. Sem visão, ficamos completamente perdidos e recorremos ao tato e à audição. Toda sala possuía uma trilha sonora própria e propicia para a temática, essa, junto com as paredes pretas repleta de escritas sobre discípulos e referências a criação divina, passava uma sensação de ambiente pequeno, frio, distante, nebuloso. Os sons eram sombrios, de ventos e ruídos. Vez ou outra ouvíamos gritos e latidos de cachorros ferozmente.

Placas decorativas para a equipe tirar fotos. Acervo pessoal. Foto Exclusiva: Kauana Amine.

O grande diferencial da Escape One para demais empresas de escape game que já tive o prazer de jogar, foi relacionado a autonomia do próprio jogador em cena, já que este poderia escolher direcionar as dicas ao longo do jogo – cada equipe tem direito de pedir três dicas, quando a equipe não sabe muito bem que direção seguir. Possibilitado ao jogador escolher sobre o que gostaria de priorizar, influenciando diretamente em seu próprio desempenho dentro do game, além dê, possibilitar uma linha de raciocínio própria, sem precisar necessariamente que siga a direção que o instrutor gostaria e/ou a direção certa para a continuidade do jogo linear.

Essa autonomia, com certeza influenciou o andamento do jogo. Caso escolhêssemos – sem saber – priorizar um seguimento não tão importante para o final do jogo, iriamos, logicamente, levar mais tempo para terminar as sequencias da sala, logo, sair/escapar. Em um jogo como este, todas nossas escolhas são cruciais, ainda mais com uma autonomia desse tipo. Logo, o nível de dificuldade, mesmo sendo bem subjetivo, parte muito mais das escolhas do que da percepção em si do grupo que o joga.

Acredito que nosso grupo fez escolhas certeiras. Demoramos um pouco para nos ambientar na sala, mas logo a adrenalina bateu e conseguimos seguir desvendando os enigmas. Trabalhamos em equipe, fizemos escolhas, arcamos com as consequências, priorizamos o que achamos mais importante, e, ao final, merecidamente, obtivemos um resultado positivo. Conseguimos escapas da sala faltando apenas 11 minutos. Escapamos da morte em 49 mins.

Equipe OFELM durante visita na Escape One. Acervo Pessoal.

Com sacadas geniais, boa tematização, ótimo atendimento e instrução, saímos da sala aptos para novos desafios!! Cheios de adrenalina, querendo jogar em todas as salas possíveis. Obrigada por essa experiência incrível, Escape One! Foi sensacional!

Rate this post

Comentários

Este artigo não possui comentários
”Mulher