Publicado em 25 de jan de 2017 por Tarcio Matos

Até o Último Homem

20162 h 11 min
Overview

Durante a Segunda Guerra Mundial, o médico do exército Desmond T. Doss (Abdrew Garfield) se recusa a pegar em uma arma e matar pessoas, porém, durante a Batalha de Okinawa ele trabalha na ala médica e salva mais de 75 homens, sendo condecorado. O que faz de Doss o primeiro Opositor Consciente da história norte-americana a receber a Medalha de Honra do Congresso.

Metadata
Director Mel Gibson
Runtime 2 h 11 min
Release Date 4 novembro 2016
IMDb Id tt2119532
Images
Actors
Starring: Andrew Garfield, Sam Worthington, Luke Bracey, Teresa Palmer, Hugo Weaving, Rachel Griffiths, Vince Vaughn, Ryan Corr, Richard Roxburgh, Luke Pegler, Firass Dirani, Goran D. Kleut, Nathaniel Buzolic, Ori Pfeffer, Matthew Nable, Jacob Warner, Richard Pyros, Ben Mingay, Harry Greenwood, Damien Thomlinson, Robert Morgan, Milo Gibson, John Batziolas, John Cannon, Mikael Koski, Charles Jacobs, Ben O'Toole

Mel Gibson se provou um diretor competente depois do clássico Coração Valente, que arrebatou público e crítica. Depois de dez anos desde o seu último trabalho como diretor, Gibson retorna dentro de um gênero que já é experiente e prova que continua habilidoso na direção.

O filme não foge de nenhum grande clichê da temática de Segunda Guerra Mundial, mas isso não o faz genérico porque a execução é inteligente, e por mais que nos faça sentir que já vimos aquilo antes, percebemos que não foi exatamente daquela forma. Há algo diferente a ser dito aqui.

Definitivamente ano passado foi o melhor da carreira do Andrew. Ele está excelente. Consegue passar a inocência do personagem no início e ir se transformando em algo visceral. É uma interpretação realmente notável e desafiadora, essencial para carregar uma trama desse tipo. Todo o resto do elenco está bem, destaque para o experiente Hugo Weaving(Pai do protagonista) que entrega uma performance poderosa e delicada.

Alguns filmes com histórias verídicas envolventes como essa tentam apelar para o melodrama em determinadas cenas para arrancar lágrimas do público, o que prejudica a execução. Aqui o drama é carregado com naturalidade, a fé e princípios do protagonista são construídas de forma convincente e inspiradora. A obra faz jus ao potencial da história e a carga emocional desenvolvida funciona.

Não há um grande erro, mas tem alguns problemas. O roteiro é bom, entretanto, o mal de seguir tanto os clichês dessa temática são os desfechos de muitas cenas ficarem previsíveis e perderem a emoção. Piadas, arquétipos de personagens, situações… Sabemos o que vai entrar e como o roteiro vai lidar com isso, o que acaba tirando a força planejada em certos momentos. Existem situações onde poderia haver um aprofundamento de personagem ou cena distinta, mas o preferiram ficar na zona de conforto.

Na primeira metade não sentimos tanto a mão do Gibson na direção, mas na outra metade é evidente. Todo o drama que é construído antes da guerra é bom, mas a guerra é incrível. A direção, edição e trilha sonora fazem uma combinação impressionante, conseguindo criar sequências violentas, fortes e emocionantes. Não tem aquela câmera tremida onde o público fica perdido, aqui somos imersos dentro do inferno pelo que os personagens estão passando.

Até o Último Homem não é inovador, mas provavelmente vai agradar até os fãs exigentes do gênero.

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