Um clássico filme de ação com espionagem. Em alguns pontos, clássico até demais. Assim é possível definir 22 Milhas. Estrelado por Mark Wahlberg, o longa tem como cerne um grupo secreto do governo americano que entra em ação apenas em missões de alta dificuldade, quase suicida. Por isso, sempre que entram em ação se desvinculam de seus empregos estatais e seguem com o trabalho como fantasmas.

Inteligente, o longa começa confuso mas vai explicando aos poucos ao espectador como funciona aquela curiosa equipe. Quando termina essa explicação inicial, o diretor Peter Berg começa a separar os personagens e dar um passado e contexto aos principais. De início, a ação lembra muito jogos de video game, como Splinter Cell e Metal Gear. Lauren Cohen, a Maggie de The Walking Dead, é a que mais se destaca, apesar de não ser a principal. Ela se divide entre uma mãe que quase não vê a filha e uma espiã americana. Outra personagem, não tão bem explorada, é interpretada pela ex-lutadora Ronda Rousey.

Como um típico filme de espião, em 22 Milhas até os segredos tem segredos. Entretanto, isso não impede o longa de ser extremamente previsível. Desde o momento em que o personagem principal comete um erro crucial e irrita alguém importante. Até o vilão que é um reflexo do herói, personalidade e até tiques nervosos.

A temática Rússia x EUA sempre com o primeiro sendo extremamente malvado e o outro um representante do bem já deu o que tinha que dar. Velho egocentrismo americano. 22 Milhas tem o motivo para uma guerra mais bobo que já vi. Apesar disso, para quem deseja um longa de ação e bastante tiro pode ir tranquilo. Quem espera uma história mais elaborada, pode esquecer.

Ao fim, 22 Milhas deixa em aberto uma parte da história para uma sequência que já está sendo produzida. A esperança é que seja melhor que o primeiro.