Overview
Na cidade de Omaha, as pessoas descobrem a possibilidade de reduzir de tamanho para uma versão minúscula, a fim de terem menos gastos vivendo em pequenas comunidades que se espalham pelo mundo. Encantado após ter contato com amigos que passaram pelo processo, um homem (Matt Damon) decide convencer sua esposa (Kristen Wiig) a adotar o curioso novo estilo econômico de vida.
Alexander Payne, diretor do longa, é bem peculiar. Payne não possui características únicas marcantes, mas é dono de algumas indicações ao Oscar. Ao dirigir Pequena Grande Vida, Payne tentou inovar, pensar pequeno para desenvolver algo grande, e, bom, o resultado final foi exatamente o oposto.
O longa tinha tudo para dar certo mas que foi totalmente mal aproveitado. A história central é simples: cientistas descobriram uma maneira de diminuir os seres humanos, consequentemente, ajudando ao meio ambiente em minimizar problemas como superpopulação, escassez alimentar e abundância de lixo produzido. Outro ponto importante é: Ao ser diminuído, você multiplica sua quantidade de dinheiro do “mundo grande” – o que, em um primeiro momento, não parece uma má ideia.
É comum as pessoas desejarem possuir uma vida luxuosa, podendo fazer o que quisessem, terem o que quisessem. Nosso protagonista não é diferente. Paul Safranek (Matt Damon) decide, em conjunto com sua esposa Audrey (Kristen Wiig) que ambos iriam passar pelo procedimento, já que estavam saturados com as constantes dividas. E é ai que as coisas começam a se desenrolar. No primeiro ato o filme se mantém bem, há suspenses, há doses certas de comédias. Tudo desenvolvido para despertar no telespectador (a) o mesmo interesse – viver a vida sem preocupações.
No segundo momento do filme, existe uma perca de roteiro, com constantes ciclos inacabados. Rapidamente a comédia é deixada de lado e passamos a vivenciar um drama humano existencial beirando a apelação. Toda a imagem anterior do filme – desdo marketing de divulgação – se perde. O publico consegue desnortear-se tentando captar o rumo que o longa está levando.
A sua mensagem não é difícil de etender, sendo-a clara desda tradução do título: O que poderia ser uma vida pequena, acaba se tornando grande – e não apenas pelos bens materiais.
Matt Damon não se diferencia de suas atuações anteriores, entrega uma atuação simples, mediana, pairando o esquecivel. Quem se destaca, com certeza, é Ngoc Lan Tran (Hong Chau). Personagem sofrida, batalhadora, consciente e muito expressiva. Ngoc é a alma cativante, sua atuação é dolorosa, convincente. Ela quem conduz o roteiro – e, consequentemente, os personagens. Os personagens são estereótipos, desde Cristoph Waltz dando vida a Dusan, o vizinho de Paul. Dusan vive no limite, aproveitando o momento de forma única e inesquecível. Já Ngoc faz o mesmo, porém ambos de formas totalmente diferentes. E é nessa dualidade que entra Paul, um personagem desorientado, tentando seguir com sua vida da melhor forma possível.
Com roteiro e fotografia – além das proporções do encolhimento – mal aproveitados, Pequena Grande Vida poderia ter usado a comédia ao seu favor e entregado um filme de enredo fluido, com começo meio e fim. De um pequeno sonho para grande realidade, o filme deixa a seguinte questão: Como estamos aproveitando nossa vida? Qual importância damos para os pequenos – ou grandes – acontecimentos que nos cercam?