Publicado em 27 de set de 2022 por Mayara Armstrong

Inspirado na história real de uma mulher transexual que sonha em casar na igreja, filme fará sua estreia nacional no Festival do Rio.

Selecionado para a Mostra Competitiva de Longas de ficção da Première Brasil do Festival do Rio, PALOMA, de Marcelo Gomes, chega aos cinemas nacionais em 10 de novembro. O filme terá sua primeira exibição no país no evento carioca, que acontece entre 6 e 16 de outubro.

Produzido pela pernambucana Carnaval Filmes, em coprodução com a portuguesa Ukbar Filmes, o longa será lançado em cinemas pela Pandora Filmes, e já foi exibido em festivais internacionais, em cidades como Londres e Huelva, o filme fez sua première mundial no Festival de Munique em julho passado.

Roteirizado por Gomes, Armando Praça e Gustavo Campos, PALOMA parte de uma história real, que o diretor leu num jornal, e tem como protagonista  Kika Sena, arte-educadora, diretora teatral, atriz, poeta e performer, interpretando Paloma, uma mulher trans que trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco.

Seu maior sonho é se casar na igreja católica, com seu namorado Zé (Ridson Reis). Eles já vivem juntos, e criam uma filha de 7 anos chamada Jenifer (Anita de Souza Macedo). O padre, porém, recusa o pedido, mas nem por isso Paloma desistirá de realizar seu sonho.

Porém, precisará enfrentar o preconceito e o conservadorismo para realizar esse seu desejo. O roteiro partiu de uma notícia que o diretor leu num jornal sobre uma mulher trans que sonhava em casar numa igreja católica com véu e grinalda.

O filme é uma possibilidade de humanização das corpas trans e travestis, uma perspectiva complexa da vida de uma mulher trans, o que difere do que geralmente é produzido sobre essa temática. Acredito que ele trará muitas discussões a respeito do que consideramos como ‘família’, além de ser um espaço de ocupação dos nossos corpos reais no cinema”, explica Kika. Em sua equipe artística, PALOMA conta Pierre de Kerchove (“Eu quero voltar sozinho, “Joaquim”), na direção de fotografia; Rita M. Pestana (“Fortaleza Hotel”) assina a montagem; e a direção de arte é de Marcos Pedroso (“Cinema, Aspirinas e Urubus, “Madame Satã”). O casting foi feito por Maria Clara Escobar. E preparação de elenco por Silvia Lourenço. A produção do filme é de João Vieira Jr. e Nara Aragão.

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