Inspirado em fatos reais, O DEUS DO CINEMA celebra o centenário do importante estúdio Shochiku.
Dos mais longevos cineastas nipônicos, com 91 anos, completado no último dia 13, Yôji Yamada apresenta seu novo longa O DEUS DO CINEMA, que, no Brasil, terá suas primeiras sessões na 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que acontece entre 20 de outubro e 02 de novembro. O longa é distribuído, no país, pela Sato Company, e tem previsão de estreia no circuito no primeiro semestre de 2023.
O DEUS DO CINEMA é uma história de amor pelo cinema e por uma mulher. O 92o longa de Yamada é uma adaptação no best-seller de Maha Harada, que, por sua vez, se inspirou na história de sua família, e celebra o centenário do lendário estúdio de cinema japonês Shochiku, que começou como uma companhia de kabuki, em 1895, e poucos anos depois passou a produzir também cinema.
O protagonista do longa é Go Maruyama (Kenji Sawada), um homem de 78 anos, passa o tempo bebendo e acumulando dívidas de jogo, até que sua mulher e a filha o ameaçam colocar para fora de casa. Ele busca refúgio no teatro de um amigo, onde passa o tempo vendo antigos filmes em preto e branco, nos quais trabalhou na juventude. Nas cenas do passado, o personagem é interpretado por Masaki Suda.
Os flashbacks, sobre a produção de cinema, também são inspirados na experiência do próprio Yamada, que, nos anos de 1950, trabalhou como assistente de direção de Yoshitaro Nomura (Castelo de Areia), e desde aquela época já realizou mais de 90 filmes como diretor. O longa evoca outras figuras reais, como um cineasta cuja aparência remete ao grande mestre Ozu, interpretado pelo ilustrador e ator Lily Franky.
O DEUS DO CINEMA mergulha então nas memórias de juventude de Maruyama, que amava seu trabalho no estúdio – recriado aqui com fidelidade – e se apaixonou por uma jovem cuja família era dona de um restaurante. Mas seu melhor amigo também se apaixonou pela mesma garota. Essa história de amor é o ponto de partida para uma jornada cinematográfica repleta de dramas e alegrias pela Era Dourada do Cinema Japonês.
O Japan Times classificou o filme como “emocionante”, e disse “Yamada tem o coração no lugar certo”. Já o Japan Movie Pulse escreveu que “como um tributo à Era Dourada do Shochiku e uma obra cujo objetivo é evocar a fantasia, o filme é muito bem sucedido”.
O longa foi indicado a dois prêmios pela Academia Japonesa de Cinema: Melhor Filme e Melhor Trilha Sonora, assinada por Tarô Iwashiro.
O DEUS DO CINEMA será lançado no Brasil pela Sato Company