Publicado em 18 de jan de 2017 por Tamires Arsenio

Se sentir representado em produções artísticas já é algo importante para muitos adultos. Para crianças, então, isso pode ser uma experiência ainda mais especial, além de formadora da personalidade. Desenhos podem ainda ensinar as crianças a aprenderem a conviver com as diferenças. Por isso, reunimos uma lista de 12 séries animadas que trabalham a diversidade (de gênero, racial, de corpos, etc), voltadas para diversas faixas etárias (colaboração: Tarcio Matos).

Para crianças menores

Show da Luna

Produção brasileira, é protagonizada por Luna, menina de 6 anos que ama ciência. A cada episódio ela busca responder à pergunta “O que está acontecendo aqui?”, junto de seu irmão Júpiter e seu furão Cláudio. Além de trazer uma protagonista feminina inspiradora para crianças, é forte em valorizar a amizade e cooperação entre irmãos.

Meu Amigãozão

Outra obra nacional (dessa vez em parceria com o Canadá). Gira em torno de três crianças e suas aventuras ao lado de seus “amigõezões”: um elefante azul, uma girafa cor-de-rosa e um canguru verde. O protagonista Yuri é indígena e Lili é negra, garantindo diversidade étnica (que vai além dos principais, com mais alguns personagens não brancos).

Milly e Molly


Baseada nos livros da neozelandesa Gill Pittar, conta a história das inseparáveis amigas de 8 anos que dão nome à serie. Além de tratar temas sérios com delicadeza, ajuda a suprir a carência de representatividade infantil trazendo uma protagonista negra.

Doutora Brinquedos


Este desenho traz a pequena doutora Dottie McStuffins cuidando de seus brinquedos, que ganham vida em seu “consultório”. Ela então faz o diagnóstico e tratamento dos pacientes, sempre com pequenas lições paralelas à vida real. Assim como Milly e Molly, desperta o sentimento de identificação em crianças negras com sua protagonista.

Para crianças maiores

Avatar


Produzida em 2005, possui 2 gerações e sempre teve como forte a representatividade. Todos os personagens de suporte da 1º buscam uma quebra de padrão físico ou funcionalidade na história de forma geral. Katara e Toph têm personalidades e dramas distintos e não se resumem ao protagonista Aang. A lenda de Korra (2º geração) quebra barreiras diversas, trazendo uma mulher não branca que rompe até o tabu do que é ser uma heroína. Nervosa e impaciente, a personagem não se contenta com a história clássica moralmente correta.

Super Choque


Baseada em quadrinhos da DC Comics, conta a história do adolescente Virgil Hawkins, que acaba se tornando um super-herói com poderes elétricos. Na década de 90, quando os quadrinhos foram criados, Super Choque já era extremamente importante para a representatividade negra, e a animação não é diferente.

Sakura Card Captors


O anime conta a história de Sakura Kinomoto, uma garota de 10 anos que acidentalmente abre um livro e libera 52 cartas mágicas. Ela então fica incumbida de recapturar as cartas, ao lado do guardião do livro, Kerberos (Kero). O desenho faz parte do gênero mahō shōjo (garotas mágicas), mas conquistou vários públicos. Além da representatividade feminina, traz questões LGBT inseridas na trama com naturalidade.

Sailor Moon


Um clássico mahō shōjo, traz a protagonista Usagi Tsukino (Serena, na versão brasileira), uma garota normal que descobre ser Sailor Moon, uma guerreira destinada a salvar a Terra. Ela se une às outras Sailors nessa missão, passando por um processo de amadurecimento. Além de ser inteiramente protagonizado por garotas, e mostrar a evolução de cada uma delas, trabalha importantes questões de gênero e sexualidade.

Hora de Aventura


A série mostra as aventuras (dã) de Finn e seu melhor amigo, o cão Jake, nas terras de Ooo, em um cenário pós-apocalíptico onde Finn é o último humano. Várias personagens femininas fortes aparecem na história, com personalidades e histórias únicas. Apesar de pouco explorada (e meio sutil), a relação do casal Marceline e a Princesa Jujuba também é um ponto positivo.

Steven Universo


Um dos desenhos mais representativos dos últimos ano, conta a história das Crystal Gems, guerreiras intergaláticas protetoras da terra. O pequeno Steven (híbrido de humano e gem) herdou a pedra de sua mãe, Rose Quartz, e vai aprendendo a ser um guerreiro também. No começo somos apresentados às gems Garnet, Ametista e Pérola, que protegem e ensinam Steven e têm força e personalidades próprias. É mais uma animação que trata de questões de sexualidade de forma natural, além de trazer uma imensa diversidade de corpos e formas físicas.

Clarêncio, o Otimista


Clarêncio é um menino que sempre vê o lado bom de tudo. Seus melhores amigos, Jeff e Sumo são bem diferentes dele, mas Clarêncio está sempre tentando fazer o melhor para os três. Apesar de ter apenas protagonistas brancos e masculinos, a série tem dois pontos fortes de representatividade: a diversidade de corpos e a abordagem natural da família de Jeff, que tem duas mães.

DC Super Hero Girls


Mais uma produção baseada em quadrinhos da DC. Nessa série de episódios curtos, os personagens da editora frequentam uma escola especial, a Super Hero High School. As protagonistas são as heroínas (e vilãs, pasteurizadas), que lidam com o processo de amadurecimento e criação de laços entre si. Com a carência do próprio material original de personagens fora do padrão, o desenho acaba não sendo tão ousado, mas já vai bem em sua proposta de atender ao público infantil feminino.

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