Publicado em 18 de set de 2021 por Mayara Armstrong

Os filmes da mostra Olhares Brasil compõem um recorte da nova e mais ousada produção brasileira. Contando com cinco longas-metragens e seis curtas, a curadoria apostou em uma programação que aponta para cinematografias brasileiras possíveis. Entre os destaques estão a ficção científica “Carro Rei”, de Renata Pinheiro e que acaba de receber o prêmio de Melhor Filme no 49º Festival de Cinema de Gramado; “Mirador”, de Bruno Costa, que mostra os desafios de um boxeador que se torna pai; “Subterrânea”, de Pedro Urano; Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero, que traz a luta indígena e “O Bem virá”, de Uilma Queiroz que retrata a luta de mulheres pela sobrevivência no sertão nordestino. 

Este ano, pela primeira vez, a mostra Mirada Paranaense conta com dois longas-metragens: “Bia Mais Um”, de Wellington Sari, e “Ursa”, de William Costa, estreiam no festival. Há, todavia, um terceiro paranaense: o curitibano “Mirador”, de Bruno Costa, que teve a sua estreia na Mostra de Cinema de Tiradentes. A Mirada Paranaense conta, ainda, com oito curtas-metragens.

MOSTRAS OLHARES BRASIL E MIRADA PARANAENSE

OLHARES BRASIL | LONGAS

CARRO REI 

Renata Pinheiro | Brasil, 2021, 99’

MIRADOR

Bruno Costa | Brasil, 2021, 95’

NŨHŨ YÃG MŨ YÕG HÃM: ESSA TERRA É NOSSA!

Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero | Brasil, 2020, 70’

O BEM VIRÁ

Uilma Queiroz | Brasil, 2020, 79’

SUBTERRÂNEA

Pedro Urano | Brasil, 2021, 83’

OLHARES BRASIL | CURTAS

A GUERRA DE MICHAEL

Gregorio Gananian, Daniel Tagliari | Brasil, 2020, 17’

AS VEZES QUE NÃO ESTOU LÁ

Dandara de Morais| Brasil, 2020,  25’

BELOS CARNAVAIS

Thiago B. Mendonça | Brasil, 2020, 16’

COLMEIA

Maurício Chades | Brasil, 2021, 15’

PALAVRA GRANDE

Manoela Ziggiatti | Brasil, 2021, 12’

QUANDO CHEGAR A NOITE, PISE DEVAGAR

Gabriela Alcântara | Brasil, 2021, 22’

MIRADA PARANAENSE | LONGAS

BIA MAIS UM

Wellington Sari | Brasil, 2021, 71’

URSA

William de Oliveira | Brasil, 2021, 70’

MIRADA PARANAENSE | CURTAS

A BUSCA DO EU E O SILÊNCIO

Giuliano Robert | Brasil, 2021, 20’

ANAMNESE

Tiago Lipka | Brasil, 2021, 14’

AQUELA MESMA ESTAÇÃO

Luiz Lepchak | Brasil, 2020, 21’

ELAS SÃO O MEU INÍCIO

Jessica Quadros | Brasil, 2021, 20’

MARCHA DE UMA LIBERDADE ROUBADA

Laís da Rosa Coelho | Brasil, 2020, 17’

MEU CORAÇÃO É UM POUCO MAIS VAZIO NA CHEIA

Sabrina Trentim | Brasil, 2020, 10’

RETRATO FALADO

Luiz Bonin, Oda Rodrigues  | Brasil, 2021, 14’

SEGUNDA NATUREZA

Milla Jung | Brasil, 2021, 12’

 FILME DE ENCERRAMENTO

No dia 14 de outubro o Olhar de Cinema encerra o ciclo da sua 10ª edição com o filme “Nós”, longa-metragem inédito da cineasta baiana Letícia Simões. A diretora já participou do festival em outras edições, tendo recebido, em 2019, o Prêmio da Crítica Abraccine com o filme “Casa” e, em 2018, o Prêmio de Melhor Longa-metragem Brasileiro da mostra Outros Olhares com o filme “O Chalé é uma Ilha Batida de Vento e Chuva”.

NÓS

Letícia Simões | Brasil, 2021, 80’

“Se você não se identifica com o lugar em que nasceu e de alguma forma cria sobre isso, me escreve” – o anúncio de Letícia Simões nos classificados de um jornal possibilita encontros com as histórias de seis artistas radicados em Berlim. Temas como identidade, território e imigração perpassam as vivências compartilhadas com a realizadora de “Casa” (Olhar ‘19) e “O Chalé é uma Ilha Batida de Vento e Chuva” (Olhar ‘18). Com sua interlocução andarilha, a diretora elabora fusões de diferentes mundos, inspirando uma acolhedora sensação de impermanência. (Leonardo Bomfim)

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