Os filmes da mostra Olhares Brasil compõem um recorte da nova e mais ousada produção brasileira. Contando com cinco longas-metragens e seis curtas, a curadoria apostou em uma programação que aponta para cinematografias brasileiras possíveis. Entre os destaques estão a ficção científica “Carro Rei”, de Renata Pinheiro e que acaba de receber o prêmio de Melhor Filme no 49º Festival de Cinema de Gramado; “Mirador”, de Bruno Costa, que mostra os desafios de um boxeador que se torna pai; “Subterrânea”, de Pedro Urano; Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero, que traz a luta indígena e “O Bem virá”, de Uilma Queiroz que retrata a luta de mulheres pela sobrevivência no sertão nordestino.
Este ano, pela primeira vez, a mostra Mirada Paranaense conta com dois longas-metragens: “Bia Mais Um”, de Wellington Sari, e “Ursa”, de William Costa, estreiam no festival. Há, todavia, um terceiro paranaense: o curitibano “Mirador”, de Bruno Costa, que teve a sua estreia na Mostra de Cinema de Tiradentes. A Mirada Paranaense conta, ainda, com oito curtas-metragens.
MOSTRAS OLHARES BRASIL E MIRADA PARANAENSE
OLHARES BRASIL | LONGAS
CARRO REI
Renata Pinheiro | Brasil, 2021, 99’
MIRADOR
Bruno Costa | Brasil, 2021, 95’
NŨHŨ YÃG MŨ YÕG HÃM: ESSA TERRA É NOSSA!
Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero | Brasil, 2020, 70’
O BEM VIRÁ
Uilma Queiroz | Brasil, 2020, 79’
SUBTERRÂNEA
Pedro Urano | Brasil, 2021, 83’
OLHARES BRASIL | CURTAS
A GUERRA DE MICHAEL
Gregorio Gananian, Daniel Tagliari | Brasil, 2020, 17’
AS VEZES QUE NÃO ESTOU LÁ
Dandara de Morais| Brasil, 2020, 25’
BELOS CARNAVAIS
Thiago B. Mendonça | Brasil, 2020, 16’
COLMEIA
Maurício Chades | Brasil, 2021, 15’
PALAVRA GRANDE
Manoela Ziggiatti | Brasil, 2021, 12’
QUANDO CHEGAR A NOITE, PISE DEVAGAR
Gabriela Alcântara | Brasil, 2021, 22’
MIRADA PARANAENSE | LONGAS
BIA MAIS UM
Wellington Sari | Brasil, 2021, 71’
URSA
William de Oliveira | Brasil, 2021, 70’
MIRADA PARANAENSE | CURTAS
A BUSCA DO EU E O SILÊNCIO
Giuliano Robert | Brasil, 2021, 20’
ANAMNESE
Tiago Lipka | Brasil, 2021, 14’
AQUELA MESMA ESTAÇÃO
Luiz Lepchak | Brasil, 2020, 21’
ELAS SÃO O MEU INÍCIO
Jessica Quadros | Brasil, 2021, 20’
MARCHA DE UMA LIBERDADE ROUBADA
Laís da Rosa Coelho | Brasil, 2020, 17’
MEU CORAÇÃO É UM POUCO MAIS VAZIO NA CHEIA
Sabrina Trentim | Brasil, 2020, 10’
RETRATO FALADO
Luiz Bonin, Oda Rodrigues | Brasil, 2021, 14’
SEGUNDA NATUREZA
Milla Jung | Brasil, 2021, 12’
FILME DE ENCERRAMENTO
No dia 14 de outubro o Olhar de Cinema encerra o ciclo da sua 10ª edição com o filme “Nós”, longa-metragem inédito da cineasta baiana Letícia Simões. A diretora já participou do festival em outras edições, tendo recebido, em 2019, o Prêmio da Crítica Abraccine com o filme “Casa” e, em 2018, o Prêmio de Melhor Longa-metragem Brasileiro da mostra Outros Olhares com o filme “O Chalé é uma Ilha Batida de Vento e Chuva”.
NÓS
Letícia Simões | Brasil, 2021, 80’
“Se você não se identifica com o lugar em que nasceu e de alguma forma cria sobre isso, me escreve” – o anúncio de Letícia Simões nos classificados de um jornal possibilita encontros com as histórias de seis artistas radicados em Berlim. Temas como identidade, território e imigração perpassam as vivências compartilhadas com a realizadora de “Casa” (Olhar ‘19) e “O Chalé é uma Ilha Batida de Vento e Chuva” (Olhar ‘18). Com sua interlocução andarilha, a diretora elabora fusões de diferentes mundos, inspirando uma acolhedora sensação de impermanência. (Leonardo Bomfim)