Publicado em 23 de ago de 2023 por Kauana Amine

O 48º Festival de Toronto será realizado de 7 a 17 de setembro e terá a estreia mundial de Pedágio, longa brasileiro dirigido por Carolina Markowicz. A diretora também será agraciada com uma das principais honrarias do evento, o Tribute Awards, oferecido pela Bulgari. A cineasta será a primeira brasileira da história a receber o troféu – na categoria Emerging Talent – em cerimônia de gala marcada para o dia 10 de setembro, na qual também serão premiados nomes como Pedro Almodóvar (Jeff Skoll Award in Impact Media) e Spike Lee (TIFF Ebert Director Award), bem como o ator Andy Lau (Special Tribute Award) e o diretor de fotografia Lukasz Zal (TIFF Variety Artisan Award).

“É com imensa honra que recebi diretamente de Cameron Bailey a notícia incrível de que eu receberia o Emerging Talent Award neste ano no Festival de Toronto. O TIFF faz parte de minha história desde 2014, com meu segundo curta-metragem ‘Edifício Tatuapé Mahal’, passando por ‘Namoro à Distância’ e ‘O Órfão’, e depois como parte do Filmmakers Lab. Na edição de 2022 desse festival, tive o orgulho de estrear meu primeiro longa “Carvão” e agora, em 2023, seguimos com Pedágio. Nesse sexto ano em que tenho a alegria de voltar a Toronto com meu segundo longa, esse prêmio me comove imensamente”, comemora a cineasta.

Além da participação no festival canadense, considerado um termômetro dos títulos que estarão na disputa do Oscar, Pedágio está entre os longas que serão avaliados pela comissão de seleção da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de filme internacional da premiação.

O longa-metragem protagonizado por Maeve Jinkings e Kauan Alvarenga conta a história de uma atendente de pedágio que, inconformada com a orientação sexual do filho, comete delitos na tentativa de financiar uma “cura” promovida por um pastor estrangeiro. Único longa brasileiro de ficção na programação do festival, Pedágio retrata a opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+, diante das incoerências e atrocidades promovidas – de forma mais explícita nos últimos anos – por alguns setores da sociedade.

O longa, que a diretora descreve como “um drama permeado por humor ácido”, participou de relevantes laboratórios de apoio ao desenvolvimento audiovisual, como o Tribeca All Access, Torino Film Lab e Berlinale Coproduction Market e tem distribuição da Paris Filmes.

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