Overview
Anos após a perda trágica da sua filha, um criador de bonecas e a sua mulher abrem as portas de sua casa a uma freira e várias raparigas de um orfanato encerrado, sem saber que se vão transformar no alvo de uma boneca possuída criada pelo dono da casa, Annabelle.
Após o sucesso de Invocação do Mal, a Warner Pictures não hesitou em produzir uma sequência do mesmo e um derivado da boneca que chamou a atenção de todos. Com isso veio o primeiro spin-off desse “Universo de Terror”: Annabelle. O primeiro filme trouxe uma história de origem para boneca, porém não foi muito bem aceito pela crítica. Mesmo assim, conseguiu agradar o público e recebeu uma sequência.
Annabelle 2: A Criação do Mal vem com o objetivo de formular e melhorar o que já foi contado no primeiro filme, o que consegue fazer de maneira bem discreta e sem se perder. Consegue trazer, assim, um novo frescor para a personagem.
A sinopse: anos após a trágica morte de sua filha, um habilidoso artesão de bonecas e sua esposa decidem, por caridade, acolher em sua casa uma freira e dezenas de meninas desalojadas de um orfanato. Atormentado pelas lembranças traumáticas, o casal ainda precisa lidar com um amedrontador demônio do passado: Annabelle, criação do artesão.
O diretor do longa, David F. Sandberg (o mesmo de Quando As Luzes Se Apagam) traz sua marca para a franquia, com cenas que até lembram um pouco seu trabalho anterior. Neste, Sandberg conseguiu mesclar suspense, mistério, terror, comédia e drama. Sim, os gêneros se misturam de maneira simples e sem estragar o principal (o terror), o que vai se somando à narrativa do filme de maneira surpreendente.
As sequencias de suspense estão tão bem feitas que se torna admirável, pois elas te preparam para o susto e te deixam bastante apreensivo para o que vem em seguida. Os efeitos sonoros nesta continuação não estão ali apenas para causar um “Jump Scare”, mas se agregam à narrativa de maneira formidável, sem criar sustos gratuitos. Embora muitas dessas sequencias possam ser vistas como clichês, isso faz parte do gênero em que o filme se encontra.
Toda a narrativa é voltada para criar uma nova história de origem para a personagem. Isto de certa forma parece ser algo ruim, porém a maneira como o filme mostra essa criação, inclusive fazendo conexão com o primeiro, é incrível. Aqui temos um ótimo trabalho do roteirista, Gary Dauberman, que faz isso de uma maneira simples para o telespectador, além de trazer algumas pistas sobre o futuro do “Universo de Terror” iniciado em Invocação do Mal.
Algumas cenas durante o longa trazem alguns erros de continuidade, porém nada que atrapalhe muito a narrativa. A arte e a fotografia conseguem se destacar muito bem. A primeira, com um bom trabalho na maquiagem e ambientação do local, se junta à segunda para criar a atmosfera do filme. Realmente é um trabalho com uma boa junção desses elementos em tela.
Um fator que contribuiu para as sensações causadas pelo longa foi a disponibilização da cabine na sala 4DX. Graças a recursos como poltrona que se mexe e treme, jato d’água, fumacinha e luzes piscando, a imersão é maior. Especialmente em um filme de terror, o que leva os sustos a serem ainda maiores. Deixo aqui minha recomendação para quem puder e quiser assistir nesta sala, pois vale a experiência.
Annabelle 2: A Criação do Mal consegue reestabelecer a história da personagem sem desfazer o que foi apresentado. Assim estabelecendo futuras histórias da boneca e preparando terreno para outros spin-offs deste Universo, ainda mantém as qualidades de um bom terror para o espectador.
PS: Tem uma cena pós créditos.