Overview
Ghostbusters faz o seu regresso há muito aguardado, reiniciado com um elenco de novos personagens hilariantes. Trinta anos após a franquia original amado tomou o mundo pela tempestade, diretor Paul Feig traz sua visão para o filme que conta a história de 2 gênios da ciência com conhecimentos sobre o mundo sobrenatural que foram desacreditados e forçados a utilizar os seus conhecimentos para resolver incidentes estranhos em volta da cidade.
Filme definitivamente não merece todo esse desprezo.
Nova comédia de Paul Feig (A Espiã Que Sabia de Menos) estrelado por Melissa Mccarthy (Mike & Molly), Kristen Wiig (Perdido em Marte), Kate McKinnon (Irmãs) e Leslie Jones (No Auge da Fama) chega aos cinemas rodeado de polêmicas. O trailer do filme bateu recorde de deslike no Youtube, e todo esse ódio não faz jus a qualidade do longa, extremamente divertido, nostálgico e simples.
Acompanhamos Erin (Wiig) prestes a conseguir uma promoção importante na universidade na qual trabalha e ver tudo ir por água baixo quando uma antiga amiga de faculdade, Abby (McCarthy) resolve publicar um antigo livro redigido pelas duas sobre fantasmas, a notícia chega a reitoria na qual Erin trabalha, que impede a promoção da personagem, enfurecida vai ao encontro de Abby. Chegando ao trabalho da ex-amiga, conhece a engenheira Holtzmann (Mckinnon) que desenvolve todas as ferramentas usadas pelas personagens e descobre que todo o seu estudo sobre atividades paranormais é fato e precisa ser combatido. Patty (Jones) pede para adentrar ao grupo após testemunhar um fantasma na estação de metrô, seu antigo local de trabalho.
O roteiro do filme é simples, sem grandes viradas, com pausas para cenas de puro entretenimento, como um clássico blockbuster americano deve ser, é atrapalhado um pouco pela direção que em alguns momentos não consegue o melhor ângulo da câmera, mas se redime com a escolha de cores pro filme, visualmente é maravilhoso.
Os diálogos são escritos da forma mais debochada possível, é um tom mais besteirol do que uma comédia comum, exageros são recorrentes no filme, nem sempre funciona, porém, o elenco carrega nas costas com sua simpatia e arranca as risadas. A escolha de atrizes e atores é o ponto mais forte do filme, é notável o entrosamento entre as protagonistas. A edição do filme não tem uns cortes precisos, no segundo que a falta de comunicação é o drama, na cena seguinte já estão todos reunidos.
Seu diferencial vem graças ao ataque de ódio que receberam, as melhores piadas vêm das críticas ao machismo, seja o que lhe foi recebido ou ao de Hollywood em geral, ex: a inversão de papel e que temos um homem qual o estereótipo de “bonita e burra”.
O filme não é só acertos, além dos erros de edição para apressar o que já é bem curto, falta ao diretor uma experiência “aventuresca”, os momentos de caça, não são tão elaborados, só bonito graças a utilidades de cores. Os estereótipos apesar de superficiais ainda são ofensivos, a Melissa fica com as piadas sobre comida e a única negra do elenco é “a pessoa das ruas”.
As homenagens prestadas são dignas, se encaixam na história sem precisar o filme pausar para referenciar, estão envolvidos de alguma forma na trama.
Engraçado, crítico, nostálgico, Caça-Fantasmas era para ser mais um filme mainstream que foi prejudicado pela ignorância.