Overview
Ao chegar a Los Angeles, Sebastian o pianista de jazz conhece a principiante atriz Mia e do inesperado, apaixonam-se intensamente. À procura de oportunidades para as suas carreiras na competitiva cidade, os jovens vivem na esperança que o seu relacionamento funcione na perfeição.
Damian Chazelle chamou atenção com seu curta Whiplash de 2013. Um ano depois, o curta se tornou um longa nas mãos do diretor, rendendo indicação a cinco categorias no Oscar e ganhando três. Agora, em 2016, Chazelle mais uma vez mostra a que veio com seu novo filme La La Land.
No filme, logo somos apresentados a Mia (Emma Stone), uma garota que sonha em ser atriz e divide seu tempo entre seu tedioso trabalho em uma cafeteria dentro de um grande estúdio de cinema, audições mal sucedidas e algumas festas com suas companheiras de quarto. Do outro lado, temos Sebastian (Ryan Gosling), um pianista amante de Jazz que sonha em montar seu próprio bar com o objetivo de levantar o ritmo mais uma vez entre as pessoas. Em uma noite onde tudo da errado para os dois, eles acabam se encontrando e aqui damos inicio a história.
É impossível não se apaixonar pela personagem de Emma Stone logo de cara. A atriz faz um trabalho incrível em transmitir para o público sua personalidade. Seja na hora de mostrar sua empolgação ao receber a notícia de uma nova audição, passando por sua decepção ao ver que nada esta dando certo e chegando nos pequenos gestos que soam tão naturais que dão mais vida a personagem. Uma prova de que se o Oscar não vier esse ano, está bem próximo para atriz.
Do outro lado, temos Gosling, que aqui não falha em transmitir toda sua paixão por Jazz. Suas explicações e sua paixão pelo ritmo dão água na boca e você se vê tendo vontade de acompanhar o personagem e procurar sobre Jazz. O “timing” cômico do ator também está ótimo aqui, te fazendo rir com coisas simples e na hora certa. Aqui, ainda podemos ver um paralelo entre o personagem de Gosling e o próprio diretor do filme, enquanto um demonstra seu amor por Jazz e quer revive-lo, o outro declara seu amor por cinema trazendo de volta a familiaridade do cinema clássico.
Em conjunto, a química dos atores é imensa. Já tivemos uma “prévia” dos dois juntos nos filmes “Crazy, Stupid, Love” de John Requa e Glenn Ficarra e Gansgter Squad, de Ruben Fleischer. Mas é aqui em La La Land que vemos como os dois funcionam bem e tornam sua relação real. Sebastian (Gosling) tem sonhos porém lhe falta vontade, o “ponta pé” inicial. E é aqui onde entra Mia (Stone), a força que faltava para compartilhar seus sonhos. E ambos funcionam assim, se completando.
Na primeira cena, Chazelle nos da um enorme “tira gosto” em plano sequência do que podemos esperar do filme. Ótimas músicas, ótimos planos, coreografias incríveis e personagens cativantes os quais ganham sua preocupação ao decorrer do longa. Não demora muito para termos a sensação de que estamos vendo um filme dentro de um filme, seja com a “brincadeira” do diretor de colocar certos objetos e figurinos em cena que te faça questionar se o filme não se passa nos anos 60, o intenso e variado uso da palheta de cores para compor o cenário e o ambiente, belas músicas que vão demorar para sair da sua cabeça (está impossível de parar de cantarolar) ou até mesmo cenas gravadas de forma semelhantes a outros filmes que te causam a estranha sensação de dejàvu. La La Land não é só um filme sobre amor e sonhos, como também é uma bela homenagem ao cinema clássico.