Com o grande sucesso de Meu Malvado Favorito, e, consequêntemente das criaturinhas amarelas, os Minions – que em um primeiro momento me lembrou os clássicos Oompa Loompas -, houve uma enxurrada de materiais e produtos relacionados ao filme, garantindo, pelo menos, duas sequências e um filme solo dos amarelinhos.

*Contém spoilers dos primeiros filmes:

Os dois primeiros longas – apesar de terem um roteiro bem simplórios – são interessantes, trazem a estória de Gru, um vilão que abandona sua vilania depois de adotar – involuntariamente e como parte de um plano maligno – três crianças: Agnes, Margo e Edith. Ao se apegar as irmãs, Gru se vê encurralado. A partir dai, aparecem novos personagens, como por exemplo Lucy, uma agente da Liga Antivilões que o ajuda a salvar o mundo no segundo filme, personagem essa que Gru acaba tendo uma feição maior.

© 2017 Illumination Entertainment − All right reserved.

Já no terceiro filme temos a presença de Lucy novamente, sendo essencial na estória. Há novos personagens principais, como o vilão Balthazar Bratt e Dru – ou Drew – irmão gêmeo que Gru descobre ter. Ambos são adaptados de formas simples e rápidas, significando acontecimentos de suas infâncias demonstrando o motivo de desenvolverem comportamentos atuais. Ambos tem características únicas.

Balthazar era um ator conhecido da década de 80, onde interpretava um vilão em uma série televisiva. Porém, entrou no esquecimento após sua série ser cancelada. Este acontecimento o fez desenvolver uma sede de vingança, com isso, elaborou um plano maligno contra Hollywood e todos que o esqueceram. Balthazar é um iconê marcante da década: Usa roupas de lycra visualmente chamativas, com ombreiras pontiagudas destoantes; Seu corte de cabelo e bigode também são marcas registradas da época; Uso do gel; Altos topetes e cabelo na altura dos ombros. Outra característica forte do personagem, é a influência e gosto musical, onde há forte referência ao Michael Jackson, com passos clássicos do astro pop – além de referências a Van Halen e A-ha, que provavelmente irá agradar os mais velhos.

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Dru – ou Drew – é o irmão gêmeo que Gru não sabia da existência. Após um acontecimento marcante, Gru leva sua família – Lucy, as crianças e os minions – para visitar o irmão. Como típico de filme onde o protagonista possui um irmão gêmeo que vai o visitar, Dru tem características – no meu ponto de vista – irritantes, começando pela sua voz e seus comportamentos um tanto quanto forçado e infantil, tornando-se o oposto do irmão – além, é claro, do belíssimo cabelo loiro invejado por Gru. Dru é milionário, porém, solitário, motivo que o fez reatar os laços familiares. Ele também está em busca de redenção, querendo que Gru volte a sua primeira ocupação e o ensine a ser um vilão.

Os demais personagens também possuem estórias independentes no filme – todas acabam se cruzando uma hora ou outra, sem pontas soltas -, cada personagem está em uma missão individual: Gru, que perdeu seu emprego, está em busca de redenção dos seus tempos de vilania ao mesmo tempo que está tentando manter a casa em ordem; Lucy, agora como madrasta, está tentando desenvolver maior vinculo afetivo com as meninas; Agnes está em busca de um unicórnio com ajuda de Edith; Margo a criança mais velha e intelectual, ajuda as três personagens citadas anteriormente em suas missões – não deixem de reparar na blusa dela com o Grinch na estampa.

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Os Minions não aparecem taaanto neste filme, porém, eles também possuem estórias independentes. Ao não concordarem com a decisão de Gru de abandonar a carreira maléfica, todos se demitem e partem em aventuras – ou confusões, como preferirem – engraçadas e divertidas – caracteristicas forte dos amarelinhos. O foco dos Minions saiu dos principais – Kevin, Stuart, Bob ou Dave – passando para um de nome Mel – este possui apenas um olho e pequenos fios de cabelo na lateral da cabeça.

Há grande referências dos filmes anteriores – os dois primeiros longas -, assentuando muito mais comportamentos dos personagens principais: Agnes, com sua fofura esmágavel – tãaao fofinha que vou morrer; Edith, em suas artes e pegadinhas; Margo, com seu coração e inteligência enormes; E, Gru, tentando ser um pai exemplo, mesmo se metendo em confusões e não sabendo lidar muito bem com as meninas.

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Com uma trilha sonora excelente, o filme entretém crianças e adultos. As mesclas de cenas inteligentes e bem boladas ao mesmo tempo que simples e divertidas, abordam temas comuns: problemas de relacionamento intrafamiliares, desavenças, incertezas, inocência infantil, etc.

Mesmo previsível em certos pontos, Meu Malvado Favorito 3 aprendeu com os erros do passado, entregou o melhor filme dos três longas e cumpriu com seu papel de boa animação que possivelmente agradará públicos de todas as idades.

E para quem já se enjoo dos amarelinhos, tenho uma notícia ruim: Provavelmente essa estória não vai parar por ai.