Sequência da adaptação da peça de mesmo nome. Aborda a dor da mãe ao perceber que seus filhos não são mais crianças, ainda de forma hilária e sentimental ao mesmo tempo.

Minha Mãe é uma Peça não tem necessariamente uma trama, é basicamente sobre o cotidiano de uma mãe. Todo o estresse de Hermínia é transmitido de uma forma bem-humorada e consegue transitar entre humor e drama tranquilamente. O grande mérito da produção é conseguir deixar bem distintos e coesos os momentos tristes para o puro entretenimento.

Todas as piadas são conhecidas, daquelas que sempre começam com “toda mãe faz isso”. Paulo Gustavo, com toda sua irreverência, não se contenta apenas com a piada do homem vestido de saia e encarna todos os clichês possíveis das atitudes de uma mãe para com um filho, resgatando as lembranças mais bobas que possam existir para o público.

A relação com os filhos (Rodrigo Pandolfo e Mariana Xavier) é excelente e o drama bem estabilizado, infelizmente não pode se dizer o mesmo das personagens irmãs de Dona Hermínia (Patrycia Travassos e Alexandra Ritcher), elas existem apenas para gerar conversas constrangedoras que terminam com uma frase sarcástica, estilo mais do que conhecido de Paulo Gustavo.

Ainda que o filme fosse ruim existiria algo de bom a ser extraído. O tema é de fácil identificação e possui um público mais do que abrangente. Mesmo abordando assuntos que ainda são tabus em nossa sociedade, a comédia consegue ser um filme para toda a família.

Engraçado e fofo, Minha Mãe é uma Peça 2 faz com que você queira abraçar quem cuidou de você antes mesmo da sessão terminar.