Publicado em 30 de maio de 2017 por Tarcio Matos

Mulher Maravilha

Overview

Antes de ser a Mulher- Maravilha, era Diana, a princesa das Amazonas, treinada para ser uma guerreira invencível. Criada numa ilha paradisíaca protegida do mundo exterior, é quando um piloto americano que cai nas suas águas e fala sobre o enorme conflito que acontece no mundo, Diana deixa a sua casa, convencida que pode parar essa ameaça. A combater ao lado de homens numa guerra para acabar todas as guerras, Diana irá descobrir a capacidade máxima dos seus poderes…e o seu verdadeiro destino.

Metadata
Director Patty Jenkins
Runtime
Release Date 30 maio 2017
IMDb Id tt0451279
Images
Actors
Starring: Gal Gadot, Chris Pine, Robin Wright, Danny Huston, David Thewlis, Connie Nielsen, Elena Anaya, Lucy Davis, Ewen Bremner, Saïd Taghmaoui, Florence Kasumba, Eugene Brave Rock, Doutzen Kroes, Lisa Loven Kongsli, Samantha Jo, Eleanor Matsuura, Georgina Armstrong, Flor Ferraco, Emily Carey, Lora Moss, Matt Townsend, Madeleine Vall, Mayling Ng, Ann Wolfe, Jolie Stanford, Andreas Vasiliou, Rekha Luther, Zinnia Kumar, Bern Collaço, Roman Green, Ann Ogbomo, Annarie Boor, Ray Whelan, Jag Patel, Philippe Spall, Jennie Eggleton, Jacqui-Lee Pryce, Lee Neville, Steve Doyle, Edward Wolstenholme, Frank Allen Forbes, Ben Kelleher, Roy Taylor, James M.L. Muller, Rajeev Pahuja, Yves O'Hara, Richard Price, Anthony J. Sacco, Zack Snyder, Shiraz Yasin, Harry Brewis, Tom Whelehan, Mick Slaney, Karl Fredrick Hiemeyer, Sofia Abbasi, Christopher Marsh, Jemma Moore, Roy Martin Thorn, Steve Healey, Jared Stewart, Kevin Hudson, Marko Leht, Ekran Mustafa, Tim Ingall, Dominic Kinnaird, Fran Targ, Sternkiker François, Dino Fazzani, Miroslav Zaruba, David Georgiou, Kornelia Horvath, Dario A. Lee, Shaun Newnham, Freddy Carter, Phil Tillott, Adam Sef, John Kinory, Shane Griffin, Zac Whitehead, Alexander Mercury

Diana, princesa de Themyscira, recebe o filme que honra seu legado.

Após os conturbados Batman v Superman: A Origem da Justiça e Esquadrão Suicida, ficou para Mulher-Maravilha a responsabilidade de estabelecer o universo DC e trazer um pouco de calma para os produtores e fãs deste universo expandido. Missão Cumprida!

Diana cresce na ilha de Themyscira, sempre desejando aprender a lutar com sua tia Antíope, Enquanto é proibida pela sua mãe Hipólita. Porém a chegada do homem a ilha paraíso e a notícia de que Ares, o Deus que as Amazonas foram criadas para combater, ainda vive. Diana parte sem medo para terra do homem com a sede de derrotar aquele que trás a crueldade para a humanidade, porém este não é o único mal que ela irá encontrar. O projeto abraça empoderamento e faz diversas críticas ao machismo e racismo.

A paleta de cores é usada para compor mundos e o ar que estes carregam. Enquanto Themyscira, uma ilha paradisíaca, onde a paz reina é retratada com cores vibrantes (laranja, vermelho, amarelo e afins). Londres traz o ar da guerra, cinza e suja.

Gal Gadot, supera os comentários negativos e consegue transmitir inocência, empolgação, alegria e ser bad ass quando precisa ser. O mesmo não pode ser dito sobre drama. Quando precisa de tristeza, lágrimas e arrependimentos a atriz escorrega. Talvez a produção saiba disso e estes momentos não são duradouros. O filme não fica extremamente negativo por conta disso. Chris Pine fica com a função de alívio cômico, já está acostumado com esta característica liderando Star Trek. A química, não só entre o casal protagonista também funcionam. É compreensível a mãe relutante sobre o futuro da filha e a tia que lhe estimula a ser uma guerreira.

O roteiro não é preocupado com os extremos da atualidade das adaptações de quadrinhos: extremamente sério ou extremamente engraçado. Existe um equilíbrio entre drama, ação, humor e aventura que provavelmente deve se encontrar nas adaptações dos anos 2000 (Hellboy, Blade, Homem-Aranha, X-Men).

Patty Jenkins conduz bem o filme. Apesar de deusa super poderosa, a diretora consegue fazer com que a personagem seja humana, o público consegue facilmente entender as emoções e atitudes da protagonista. A condução é leve e bem planejada, sabe a hora de mostrar a beleza da ilha e figurino, tempo para comédia, aventura, admiração, drama e ação. O problema do projeto se inicia no 3º ato nas soluções visuais que se assemelham ao criticado embate entre a trindade da Liga da Justiça contra Apocalipse. A pancadaria vai aumentando o nível com o decorrer do filme: parar bandidos em ruelas, parar balas, derrotar soldados e combater o Deus da Guerra, Ares. Enquanto a heroína combates seres comuns, a sensação é que a diretora não sabe bem o que está fazendo e usa apenas um artifício: câmera lenta. Em momentos funciona e empolga, devido a excelente coreografia. Li em algumas críticas que o 3º ato decai devido ao filme ser muito realista e no final ter uma luta grandiosa. O problema está longe de ser esse. Faz todo o sentido ter uma luta a nível de deuses já que a protagonista é uma. A questão é a que solução visual usada é mal renderizada e não é orgânico, todo o material envolvido não demonstra peso, Isso vai da heroína, vilão ou até o tanque levantado. Em todo momento que pede demonstração de super poderes, a computação gráfica é utilizada, sendo bem destoante quando é uma boneca gráfica ou a atriz.

A Mulher-Maravilha é bondosa, idealista, entusiasmada e a primeira a querer combater o mal com o mínimo de inocentes feridos possível. Longe da personagem apresentada em Batman v Superman: Origem da Justiça que ri perante a batalha só pela emoção de bater.

Tecnicamente mediano, porém com altas expectativas desses 75 anos de espera , junto com o contraste aos filmes fracos do Universo DC, Mulher-Maravilha se destaca, supre qualquer carência e é alívio para executivos.

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