Overview
Antes de ser a Mulher- Maravilha, era Diana, a princesa das Amazonas, treinada para ser uma guerreira invencível. Criada numa ilha paradisíaca protegida do mundo exterior, é quando um piloto americano que cai nas suas águas e fala sobre o enorme conflito que acontece no mundo, Diana deixa a sua casa, convencida que pode parar essa ameaça. A combater ao lado de homens numa guerra para acabar todas as guerras, Diana irá descobrir a capacidade máxima dos seus poderes…e o seu verdadeiro destino.
Diana, princesa de Themyscira, recebe o filme que honra seu legado.
Após os conturbados Batman v Superman: A Origem da Justiça e Esquadrão Suicida, ficou para Mulher-Maravilha a responsabilidade de estabelecer o universo DC e trazer um pouco de calma para os produtores e fãs deste universo expandido. Missão Cumprida!
Diana cresce na ilha de Themyscira, sempre desejando aprender a lutar com sua tia Antíope, Enquanto é proibida pela sua mãe Hipólita. Porém a chegada do homem a ilha paraíso e a notícia de que Ares, o Deus que as Amazonas foram criadas para combater, ainda vive. Diana parte sem medo para terra do homem com a sede de derrotar aquele que trás a crueldade para a humanidade, porém este não é o único mal que ela irá encontrar. O projeto abraça empoderamento e faz diversas críticas ao machismo e racismo.
A paleta de cores é usada para compor mundos e o ar que estes carregam. Enquanto Themyscira, uma ilha paradisíaca, onde a paz reina é retratada com cores vibrantes (laranja, vermelho, amarelo e afins). Londres traz o ar da guerra, cinza e suja.
Gal Gadot, supera os comentários negativos e consegue transmitir inocência, empolgação, alegria e ser bad ass quando precisa ser. O mesmo não pode ser dito sobre drama. Quando precisa de tristeza, lágrimas e arrependimentos a atriz escorrega. Talvez a produção saiba disso e estes momentos não são duradouros. O filme não fica extremamente negativo por conta disso. Chris Pine fica com a função de alívio cômico, já está acostumado com esta característica liderando Star Trek. A química, não só entre o casal protagonista também funcionam. É compreensível a mãe relutante sobre o futuro da filha e a tia que lhe estimula a ser uma guerreira.
O roteiro não é preocupado com os extremos da atualidade das adaptações de quadrinhos: extremamente sério ou extremamente engraçado. Existe um equilíbrio entre drama, ação, humor e aventura que provavelmente deve se encontrar nas adaptações dos anos 2000 (Hellboy, Blade, Homem-Aranha, X-Men).
Patty Jenkins conduz bem o filme. Apesar de deusa super poderosa, a diretora consegue fazer com que a personagem seja humana, o público consegue facilmente entender as emoções e atitudes da protagonista. A condução é leve e bem planejada, sabe a hora de mostrar a beleza da ilha e figurino, tempo para comédia, aventura, admiração, drama e ação. O problema do projeto se inicia no 3º ato nas soluções visuais que se assemelham ao criticado embate entre a trindade da Liga da Justiça contra Apocalipse. A pancadaria vai aumentando o nível com o decorrer do filme: parar bandidos em ruelas, parar balas, derrotar soldados e combater o Deus da Guerra, Ares. Enquanto a heroína combates seres comuns, a sensação é que a diretora não sabe bem o que está fazendo e usa apenas um artifício: câmera lenta. Em momentos funciona e empolga, devido a excelente coreografia. Li em algumas críticas que o 3º ato decai devido ao filme ser muito realista e no final ter uma luta grandiosa. O problema está longe de ser esse. Faz todo o sentido ter uma luta a nível de deuses já que a protagonista é uma. A questão é a que solução visual usada é mal renderizada e não é orgânico, todo o material envolvido não demonstra peso, Isso vai da heroína, vilão ou até o tanque levantado. Em todo momento que pede demonstração de super poderes, a computação gráfica é utilizada, sendo bem destoante quando é uma boneca gráfica ou a atriz.
A Mulher-Maravilha é bondosa, idealista, entusiasmada e a primeira a querer combater o mal com o mínimo de inocentes feridos possível. Longe da personagem apresentada em Batman v Superman: Origem da Justiça que ri perante a batalha só pela emoção de bater.
Tecnicamente mediano, porém com altas expectativas desses 75 anos de espera , junto com o contraste aos filmes fracos do Universo DC, Mulher-Maravilha se destaca, supre qualquer carência e é alívio para executivos.