Quando vemos algum filme mesmo que você tente dizer que não existe, mas existe um padrão hollywoodiano estabelecido em você que quando você assisti algo produzido de outro país acaba soando estranho, por muito das vezes acontece de suas cenas e sequências serem filmadas de uma perspectiva diferente ou possuir uma visão diferente, além de acrescentar um pouco da cultura daquele país à qual o filme foi rodado.

Neve Negra consegue lidar muito bem com essas questões sem você se incomodar, existe alfo diferente, mas ao mesmo tempo parece ser familiar o modo que o diretor trabalha, além disso a direção traz ótimas cenas que lidam muito bem com o drama e o mistério que o filme carrega, mesmo quando o roteiro acaba deixando um pouco obvio o que irá acontecer com sua história.

Gosto de falar sempre um pouco sobre a fotografia e o cenário do filme, o ambiente do filme se passa na Patagônia, onde a fotografia lida muito bem com o local, fazendo bom uso da paleta de cores para representar a serra fria e as florestas.

O único problema que citei aqui é seu roteiro que traz uma história que no seu desenrola acaba se tornando algo obvio para o telespectador, porém ele consegue ainda guardar um detalhe que talvez te surpreenda ou não.

O elenco está ótimo, todos os três protagonistas cumprem seu papel, mas quem consegue ter um destaque é Laura (Laia Costa) por sua personagem demonstrar muitas emoções, e ser a única que não sabe realmente o que aconteceu e sempre estar questionando com seu marido sobre o que houve realmente, isso gera uma fácil identificação dela com o público.

Neve Negra é um bom filme para quem gosta de drama, mas ainda sim sua obviedade no roteiro incomoda.