Romance espacial fracassa em coisas básicas e tenta se sustentar em carisma de elenco.

Após serem despertados misteriosamente 90 anos antes do previsto para chegar na nova colônia onde a humanidade se refugiou, Jim e Aurora precisam descobrir o motivo de seu despertar precoce e concertar a nave para que não morram no espaço e nessa espécie de história que poderia ser um horror psicótico acaba se tornando em um romance clichê.

Toda a questão do que faríamos ao nos encontrarmos perdidos no meio da galáxia sem refúgio apenas esperando a morte nos abraçar é deixada de lado para dar espaço as aventuras do casal na espaçonave que lhes oferece: sala de jogos, piscina, quartos luxuosos, praça de alimentação gigantescas, bares entre outras coisas. Porém, a questão é: Se a nave é projetada para deixar 100% de sua tripulação hibernando sem considerar margem de erro pois acabaria em morte, por que o local tem todos esses entretenimentos em níveis férias em um cruzeiro transatlântico?

Os personagens não tem uma trama base, uma história ou a tentativa de se criar personalidade, apenas acompanhamos o desenvolver daquela relação que aos olhos do diretor é uma ambiente perfeito, o casal realmente se encontra feliz naquele momento.

Não é muito segredo que existe a tentativa de se sustentar na carisma dos atores que já tem fãs pré-estabelecidos, a oscarizada Jennifer Lawrence e o ascendente Chris Pratt após se tornar o Senhor das Estrelas em Guardiões da Galáxia. Juntos o casal é fofo, na boa olha essa foto e tenta não achar fofo:

~Porém os rostos bonitos não são suficiente para fazer guerra de shipp em Facebook.~

O filme tem orçamento alto e é notável na tela, set bonito, efeitos especiais convincentes e uma boa trilha sonora.

Fraco, clichê e reforço de diversos estereótipos de gênero, Passageiros não é nada de mais, talvez um imenso guilt pleasure para quem acompanha seus ídolos avidamente .