Overview
Num mundo como o nosso, mas totalmente habitado por animais, “Cantar!” acompanha a vida de Buster Moon, um activo Coala que preside um, outrora grande, teatro que caiu em decadência. Buster é um eterno optimista – ok, talvez um pouco malandro – que a adora o seu teatro acima de tudo e que fará tudo para o preservar. Agora enfrentando o desmoronamento da ambição da sua vida, tem uma última hipótese de restaurar a jóia desvanecida às glórias do passado, ao produzir a maior competição de canto do mundo.
Illumination continua sua trilha de animações divertidas.
Clichê não é necessariamente algo ruim, basta saber usar: pode abordar com um novo ponto de vista (coisa que Deadpool e Pânico faz muito bem partindo para uma metalinguagem dos seus respectivos gêneros), assumir sua simplicidade (Águas Rasas meu amor), abusar dos clichês mais cafonas possíveis para arrancar uma nostalgia (tentativa que se encontra no remake de 7 Homens e um Destino), ou apenas que público quer conquistar, neste caso o infantil. Sing é uma mistura de músicas de sucesso com lições de moral que se espera de qualquer animação porém muito mais bem produzido do que Peppa Pig ou Galinha Pintadinha.
Buster Moon é dono do Teatro Moon e está perto da falência após fracassos sucessivos e sua última cartada para sair deste problema é um concurso musical que acaba por oferecer esperanças a pessoas de origens diversificadas em busca de um novo rumo. Somos apresentados a: adolescentes de coração partido ou de extrema timidez, o filho com a pressão de seguir a profissão do pai, a mãe cansada com o cotidiano, entre outros.
Mas não se engane mesmo, com trocentos personagens protagonistas o filme em nenhum momento é confuso, o montagem é ágil e em questão de 5 minutos estabiliza a trama de cada cantor/cantora. Os problemas comuns fazem o público se apegar aos bichinhos artistas. O público infantil talvez não tenha ainda a capacidade de perceber alguns pontos abordados no filme, mas o pais definitivamente sim. Diversão para toda a família!
A escolha da trilha sonora é eclética e mais umas vez une dois mundos: os mais velhos podem se deliciar com Cindy Lauper e George Michael enquanto os mais novos podem se lambuzar com Katy Perry, Taylor Swift, Lady Gaga e Nick Minaj.
O trabalho da dublagem nacional é problemático. Sandy, Wanessa Camargo e Fiuk foram convocados para dublar mas a falta de atuação atrapalha em alguns momentos, não se sente uma naturalidade nos diálogos dos personagens e as músicas não foram traduzidas, se manteve o áudio original, exceto para Ash (Wanessa Camargo). A ouriço ganhou uma trilha sonora original pro filme e recebeu tradução em nossas terras.