Publicado em 31 de jan de 2017 por Tarcio Matos

Toc

2017Duration unknown
Overview

Carmem Laura (Tatá Werneck) é uma jornalista que escreve blogs e livros. Palestrante e também apresentadora de televisão, seu principal assunto é o bem estar e o equilíbrio. Porém, após um acidente, o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) que Carmem tem desde criança volta à tona. Não conseguindo manter os sintomas sob controle como aprendeu na clínica especializada CASTTTOC, ela volta ao local para poder fazer seu novo programa de TV que será um reality Show do seu dia a dia. No local, ela reencontra uma paixão de infância que irá bater na porta da sua casa e do seu noivo Raoni.

Metadata
Director Teo Poppovick, Paulinho Caruso
Runtime Duration unknown
Release Date 2 fevereiro 2017
IMDb Id tt5337480
Images
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Nova comédia nacional tem título sem nexo, porém continua interessante.

Tatá Werneck interpreta a atriz Kika, uma pessoa infeliz com sua carreira profissional e sonha em ganhar a vida com outros projetos, porém sem a coragem de iniciar essa guinada, a vida precisou lhe chacoalhar para mudar seus rumos. Sua premissa não tem nada baseada sobre seu TOC, é apenas uma característica usada em tela para fazer algumas cenas de humor (que são bem poucas diga-se de passagem). Uma decisão arriscada, pode decepcionar quem espera um humor contínuo sobre a atriz não pisar em linhas e sempre checar se fechou o gás ou perpetuar toda a ideia que se tem romantizada sobre TOC, bipolaridade e afins.

Todo o desenvolvimento da protagonista entre dramas e risadas pode funcionar para o público como uma especie de auto ajuda. A mensagem de que nem tudo está perdido, há males que vem para o bem, entre outras mensagens positivas incluindo talvez uma quebra de tabu até no gênero nacional sobre a felicidade estar dentro de si, não em terceiros ou alguma forma distorcida de como o “amor” funciona.

A discussão entre executivo e diretor não é novidade no cinema e vimos projetos afundarem graças a essa briga que sempre retorna (o mais recente Quarteto Fantástico envolvido em polêmicas entre Josh Trank e a FOX). TOC – Transtornada, Obsessiva e Compulsiva não beira a ruindade, é apenas confuso e não se aprofunda tanto em sua base. O longa-metragem pode ser vítima da intervenção de executivos em tornar ele mais cômico para facilitar a venda ou simplesmente sua base criativa não teve interesse na proposta.

Engraçado e reflexivo, comédia faz o ingresso valer, apenas não é a obra que pode dormir ao lado de O Menino e o Mundo, Aquarius, Tropa de Elite e afins.

 

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