Overview
Transformers: O Último Cavaleiro rompe com os mitos nucleares da saga Transformers e redefine o significado de herói. Humanos e Transformers estão em guerra. Optimus Prime partiu. A chave para salvar o nosso futuro está enterrada nos segredos do passado, na história oculta dos Transformers na Terra, e a missão recai sobre os ombros de uma aliança improvável: Cade Yeager, Bumblebee, um lorde inglês e uma professora de Oxford. Há um momento na vida em que somos chamados a fazer a diferença. Em Transformers: O Último Cavaleiro, os perseguidos chegam a heróis, os heróis tornam-se vilões… apenas um mundo sobreviverá: o deles ou o nosso.
Definitivamente esse não é o ano da Paramount – ou pelo menos, essa primeira metade de ano. Depois de lançar Baywatch e A Vigilante do Amanhã – Ghost in the Shell, a distribuidora – provavelmente não contente com a rejeição do público – lançou O Último Cavaleiro, quinto filme da franquia Transformers, e, novamente, errou feio, errou rude.
Transformers: O Último Cavaleiro tenta sanar as pontas soltas dos filmes anteriores, dando foco a origem dos Autobots, Decepticons e do planeta Cybertron. Para fazer isso, há uma retrospectiva histórica, voltando ao tão conhecido Ciclo Arturiano, com direito a menções honrosas à grandes ícones mundiais.
Enquanto isso, a trama gira novamente em torno das guerras entre humanos e máquinas. O planeta Terra está ameaçado, e, para tentar livra-lo da extinção, três humanos de personalidades diferentes devem unir suas habilidades e conhecimentos para salvar a raça humana. Mark Wahberg retorna ao papel de Cade Yeager, um personagem simples que dedica sua vida a reconstruir, salvar e cuidar dos Autobots. Yeager encontrou nos robôs uma nova família, já que vive com eles em uma área distante da civilização por ser um fugitivo da TRF – Transformers Reaction Force.
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Além de Vivian Wembley e Sir Edmund Burton, dois personagens novos na história. Ambos são projeções arquetípicas, – Vivian (Laura Haddock) é uma professora de História na Oxford, peça fundamental na trama por sua descendência genética necessária para o desenrolar da história e origem dos Transformers. Ela é o estereotipo histórico feminino em pessoa, sendo retratada como uma mulher ingênua, frágil, fraca, desajeitada e escandalosa, apesar de seus títulos acadêmicos invejáveis, passa a impressão que ela sempre estará a um passo atrás do protagonista, este sem formação ou estudos.
Já Sir Edmund Burton, interpretado pelo ícone Anthony Hopkins, é um ex oficial da marinha britânica e o guardião de todos os segredos dos Transformers. Edmund faz referência ao arquétipo do sábio – personagem de mais idade detentor de saberes ocultos fundamentais para a jornada dos protagonistas. Como Edmund é o último guardião vivo, sua missão é justamente essa, revelar os segredos ocultos envolvendo a linhagem dos Tranformers e de suas respectivas histórias pessoais para evitar o desastre iminente que se aproxima.
Ainda há novos personagens, como Izabella (Isabela Moner), uma criança órfã que se apega emocionalmente aos robôs, ajudando-os constantemente. E, claro, novos Autobots e Decepticons. Quatro em especial roubam a cena, no lado dos mocinhos: Sqweeks (Reno Wilson), um robô alá BB8, pequeno, desajeitado e carismático e Cogman (Jim Carter), uma versão clássica e melhorada do C-3PO, mordomo do tamanho de um humano, culto, ágil e habilidoso. Já do lado dos vilões: Infernicons e Infernocus, são junções de cinco ou mais Decepticons e possuem chifres na cabeça, Infernocus é um dos mais poderosos e guardião de Quintessa (Gemma Chan), criadora de todos os Transformers e de Cybertron.
Um dos pontos principais desse filme, é a volta de Optimus Prime, este volta como vilão ao mesmo tempo que se destaca por ser um líder nato. O próprio personagem quem narra novamente a história, ressaltando sempre a esperança. Infelizmente seu arco como vilão foi mal aproveitado, tanto de Prime quanto de Megatron, mas, que valem o entretenimento supérfluo.
O enredo é simples e desestressante, você não precisa pensar para entende-lo. O papel do espectador (a) ao assistir é exclusivamente se deleitar com os estímulos visuais constantes – especial para salas xplus e 3d: explosões, destroços, fogo, no ar, na terra, no mar, e muuita ação – característica forte da franquia e do diretor, Michael Bay. As cenas de batalhas são um prato cheio para quem gosta de ação, principalmente a briga entre Optimus Prime e seu braço direito, Bumblebee – com fortes referências a Batman vs Superman: A Origem da Justiça.
Ao mesmo tempo que a ação é um ponto forte, seu excesso pode prejudicar, O Último Cavaleiro é um exemplo disso. Com cenas extremas de ação, enredos múltiplos sem nexos e personagens mal desenvolvidos, o quinto filme da franquia se caracteriza como sendo um filme forçado, superficial e desnecessário, que, provavelmente, haverá continuação.