Overview
Valérian e Laureline são dois agentes especiais do governo dos territórios humanos e têm o dever de manter a ordem no universo. Apesar disso, Valérian deseja algo mais que uma relação estritamente profissional com a sua colega – perseguindo-a abertamente com propostas românticas. No entanto, o seu historial com mulheres e os valores tradicionais dela, levam a que Laureline o rejeite continuamente. Sob as ordens do seu Comandante, Valérian e Laureline embarcam numa missão até à majestosa cidade intergaláctica de Alpha, uma metrópole em constante expansão e cuja população é formada por milhares de diferentes espécies dos quatro cantos do universo. Ao longo do tempo, os dezassete milhões de habitantes de Alpha têm-se unido, combinando as suas habilidades, tecnologias e recursos para o bem coletivo. Infelizmente, nem todos os que vivem em Alpha partilham estas visões e objetivos; na verdade, forças ocultas estão a trabalhar contra elas, colocando a Humanidade em grande perigo.
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é baseado nas HQs Valerian, que contam as história do personagem de mesmo nome. Ele é um agente espaço-temporal que, ao lado de sua colega Laureline (por quem é apaixonado), tem missões no espaço. Eles devem proteger a Terra e seus planetas aliados, continuamente atacados por bandidos intergaláticos. Após cinquenta anos de sua primeira publicação, Valerian ganha sua adaptação cinematográfica. No filme O Quinto Elemento são feitas algumas referencias aos quadrinhos pelo diretor, Luc Besson, que dirige Valerian também.

© 2017 EuropaCorp − All right reserved.
Inicialmente o filme consegue manter uma narrativa boa. Durante o seu primeiro ato, são apresentados os personagens, sua ambientação (que a propósito está belíssima) e o caminho que seguirá a história. Porém, em seu desenvolvimento, o filme parece querer apenas fazer cenas para encher a tela com efeitos, além de preparar terreno para seu pretenso “plot twist”, no seu terceiro ato. Algo que, no entanto, já se torna óbvio desde o segundo ato. O seu desenvolvimento narrativo não é difícil de compreender, mas o roteiro tenta explicar as coisas que ele já te mostrou. Com isso o filme acaba perdendo seu fôlego narrativo e cansando o espectador.
A direção de Luc Besson consegue fazer bom uso das cenas de ação, com planos bem pensados, porém como o roteiro traz bastantes cenas que são apenas de apelo visual, o recurso acaba se tornando cansativo durante o filme. Quando temos suas sequencias de ação, é possível entender o que está acontecendo em tela, e não se torna algo confuso. Além disso a direção tenta recriar a formula de blockbusters com humor, aventura, ficção e drama na medida, porém há momentos em que o diretor acaba perdendo a mão e algumas piadas ficam sem um timing, sendo apenas jogadas.

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Bom, preciso falar sobre o elenco. O casal de protagonistas composto Dane DeHaan e Cara Delevingne não possui química para o romance que o filme se propõe, e no fim acaba se tornando algo forçado. No entanto, os personagens de cada um, quando precisam cumprir missões e sequencias de ação, funciona de uma maneira formidável. Apenas Dane DeHaan, quando tenta dar uma de malandrão, acaba gerando um incomodo porque infelizmente não convence. Já Cara Delevingne entrega uma boa personagem que consegue demonstrar sua força e moral muitas das vezes melhor do que seu companheiro. Os membros do elenco de apoio, como Clive Owen, Ethan Hawke, Elizabeth Debicki e Rihanna, cumprem seu papel, embora alguns estejam ali apenas para vender ingressos, pois seus personagens de uma maneira geral não precisam estar na história.

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A estética visual criada para o longa é impressionante. A ambientação dos locais, principalmente o planeta dos Pearls (raça alienígena presente no filme) e os Mil Planetas não faz feio. Além da estética dos personagens, que fazem um misto de CGI e maquiagem, assim criando um tom de realismo para quem assiste. Mas mesmo com todos estes efeitos, o 3D do filme não é muito bom: em algumas cenas ele funciona, e em outras nem tanto.

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Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é o típico filme que é feito para agradar o grande público, porém com algumas obviedades em sua estória e o seu roteiro querendo explicar demais, acaba atrapalhando o desenvolvimento da sua narrativa e cansando seu telespectador.