Overview
San Francisco, Estados Unidos. Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista investigativo, que tem um quadro próprio em uma emissora local. Um dia, ele é escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), o criador da Fundação Vida, que tem investido bastante em missões espaciais de forma a encontrar possíveis usos medicinais para a humanidade. Após acessar um documento sigiloso enviado à sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams), Brock descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos. Ele resolve denunciar esta situação durante a entrevista, o que faz com que seja demitido. Seis meses depois, o ainda desempregado Brock é procurado pela dra. Dora Skirth (Jenny Slate) com uma denúncia: Drake estaria usando simbiontes alienígenas em testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias.
Tanto a Sony quanto o diretor Ruben Fleischer – conhecido por Zumbilândia – possuíam uma grande missão em mãos: Adaptar de forma louvável o arqui inimigo do Homem Aranha. Mesmo sabendo que alguma coisa provavelmente seria mal desenvolvida, os fãs estavam com muitas expectativas para o longa, até porque, a produção seria algo inédito, de um personagem nunca desenvolvido cinematograficamente em filme solo.
A premissa do filme é simples, somos apresentados a Eddie Brock (Tom Hardy), um jornalista investigativo famoso por seu quadro próprio na emissora local. Brock é escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), o criador da Fundação Vida, que tem investido bastante em missões espaciais de forma a encontrar possíveis usos medicinais para a humanidade. Com sua personalidade desafiadora, o jornalista não tem medo de dizer o que pensa, e é assim que acaba por ser demitido, depois de denunciar durante a entrevista ao vivo uma situação ilegal com a unica prova vista em um documento sigiloso enviado a sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams). A denuncia era que Drake estaria usando Simbiontes alienígenas em testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias.
Na história original, sabemos que o Homem Aranha tem uma importância muito grande na vida de Eddie Brock, para a externalização de toda sua raiva e seu lado sombrio, resultando na união com o Simbionte da raça Klyntar, Venom, e assim começar sua busca incessante por justiça/vingança contra o cabeça de teia vermelho – como podemos conferir no filme de Sam Raimi, Homem Aranha 3 (2007). Porém, no filme solo do personagem o aranha foi totalmente cortado da história, o que fez com que vários pontos da narrativa fossem totalmente alterado, tais como: A motivação de Eddie; Criação do Venom; Relação do Simbionte com o hospedeiro; Antagonista/vilão do longa.
A adaptação poderia ter sido interessante se desenvolvessem o filme como realmente deveriam, de forma intensa, macabra, pesada, assustadora, visando atrair, entreter e divertir o publico. Ponto negativo visto a grande escassez de material aproveitado. O filme possui muitas falhas – As motivações são superficiais. A explicação da criação da espécie e a compatibilidade dos Simbiontes com os hospedeiros se contradiz ao longo do filme. O antagonista é genérico, e há poucas cenas em que o telespectador sente amedrontamento. Os arcos principais se desenvolvem de forma rápida demais. O próprio personagem com ambição de dominar a raça humana revela seus pontos fracos para os humanos. Não há química entre Eddie e Anne. E diversos outros furos de roteiro. Sem falar das edições envolvendo o próprio Venom; As cenas de ação e a assimetria da trilha sonora.
Um dos pontos positivos do longa – que, dependendo do ponto de vista pode ser facilmente interpretada de forma negativa – é criar o enredo a partir do anti vilanismo do personagem, ou seja, tentam humanizar a criatura que está possuindo o corpo do Brock, trazendo consciência moral e ética para o Simbionte. Apesar de sua fome descomunal, o parasita compreende, respeita e aceita as ordens sensatas – na maioria das vezes – de seu hospedeiro, ajudando-o sempre que seu corpo humano é limitado. Outro grande ponto destacável são os alívios cômicos, principalmente nas cenas de adaptação do Venom. O ar cômico ameniza a confusão mental inicial vivida pelo personagem principal – esta podendo ser facilmente explicada como uma espécie de esquizofrenia.
Tom Hardy retrata bem a personalidade retraída ao mesmo tempo que ousada de Eddie, muito semelhante ao personagem que os fãs de quadrinhos são similarizados. Já o talento de Michelle Williams passa despercebido em uma personagem que não exige esforço diferenciado algum. Assim como os demais personagens secundários, principalmente Riz Ahmed, apesar de este ter um tempo em tela maior que os demais. Divisor de opiniões, Venom é um filme do Universo Cinematográfico da Marvel que provavelmente terá algumas sequências – $equencia$ –, apesar de não aparentar ter tanta forças para se sustentar sozinho com essa premissa inicial.