Publicado em 29 de set de 2022 por Mayara Armstrong

Longa, que traz Jesuíta Barbosa, no elenco, será exibido na abertura do Festival, em 07 de outubro, e também participa da competição.

Dirigido por Pedro Diógenes (Pajeú, Inferninho), A FILHA DO PALHAÇO terá sua primeira sessão no país no próximo dia 07, na abertura do 32o Cine Ceará, que acontece em Fortaleza até 13 de outubro. Além da exibição na sessão inaugural, o filme faz parte da competição na Mostra Ibero-Americana de Longas Metragens. A produção é da Marrevolto Filmes, em associação com a Pique-Bandeira Filmes, e a distribuição é da Embaúba Filmes. O filme chega ao circuito nacional em 2023.

Protagonizado pela estreante Lis Sutter e Demick Lopes (Greta, Inferninho), o filme também tem no elenco Jesuíta Barbosa, Jupyra Carvalho, Ana Luiza Rios e Valéria Vitoriano, entre outros. A trama traz, como personagem principal, Joana, uma adolescente que vai passar uma semana com seu pai, Renato, um humorista que interpreta uma personagem chamada Silvanelly. Esse tempo juntos, será a oportunidade para se conhecerem melhor.

Diógenes conta que as origens de A FILHA DO PALHAÇO estão em 2012, e, nesses dez anos, muitas coisas aconteceram com o projeto do filme e sua própria vida pessoal: “O nascimento da minha primeira filha, a morte do meu pai e o fato de ter vivido toda minha vida na cidade de Fortaleza, conhecida no Brasil como terra do humor. Foi das misturas dessas experiências que nasceram Joana e Renato, personagens moldados por suas respectivas faltas, mas que, através da convivência, redescobrem os sentimentos da paternidade e o amor.”

O roteiro é assinado pelo diretor, Amanda Pontes e Michelline Helena, e o personagem Renato é inspirado no primo do diretor, Paulo Diógenes, humorista que se apresenta há mais de 30 anos com a personagem Raimundinha em Fortaleza, e é um dos precursores desse tipo de humor no Ceará.

O impulso inicial de trazer um personagem duplo para o centro da trama vem justamente da minha experiência na relação familiar e artística com meu primo. E a persona cômica revela muito as contradições do indivíduo assim como reflete criticamente a sociedade em que ele se insere.”

Ao longo da construção de A FILHA DO PALHAÇO, o filme tomou um caminho pela relação entre pai e filha. “O filme retrata o impacto de um na vida do outro através do amor e da convivência, dos pequenos gestos passados de pai para filha e nas lições tomadas pelo Renato através da Joana. O desejo é mostrar a influência que uma filha pode exercer, num caminho supostamente inverso, sobre um pai também ainda em processo de formação e descoberta, apesar de sua idade e experiência.”

As vidas do pai e da filha se transformam a partir dessa semana de convívio, quando passam a se conhecer melhor, e lidar com questões pendentes entre eles, como a superação dos traumas da separação, a aceitação da homossexualidade e a revolução do amadurecimento juvenil.

Dois personagens em pontas opostas da vida que encontram um ponto de contato comum na ideia de que os sentimentos transmitidos de parte a parte são únicos, explicam sua existência até ali e projetam a possiblidade de um futuro diferente para ambos.”

A equipe artística de A FILHA DO PALHAÇO conta ainda com Victor de Melo (Inferninho), na fotografia, Amanda Pontes e Caroline Louise (Com punhos cerrados), na produção executiva, Thaís de Campos (Cabeça de Nêgo) assina a direção de arte, e Lia Damasceno (Doce Amianto), o figurino. A montagem é de Victor Costa Lopes (Inferninho), e a trilha sonora de Cozilos Vitor e João Victor Barroso.

A FILHA DO PALHAÇO será lançado no Brasil pela Embaúba Filmes.

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