Super Mario Bros, um dos filmes mais aguardados para 2023, veio para aquecer os corações dos inúmeros fãs da franquia que esperaram anos por essa animação e, ao mesmo tempo, para apresentar o universo do Mario para as novas gerações. Repleto de referências dos jogos da franquia, que é uma das mais amadas mundialmente (confira mais sobre essas referências em um conteúdo exclusivo, clicando aqui), o filme feito pela Nintendo em parceria com a Universal Studios traz uma riqueza de detalhes – e de nostalgia – para aproveitar em família.

Na trama, os irmãos Mario e Luigi, que são de uma família italiana mas atualmente vivem no Brooklyn, largam seus empregos fixos para seguirem o sonho de ter um negócio próprio na área de encanamentos. Nesse momento também é apresentado um pouco do contexto familiar dos “bambinos” (como são carinhosamente chamados pelo pai). Enquanto a família questiona seus sonhos, a irmandade deles se mostra como um laço forte, um incentivando o outro e eles afirmando diversas vezes que, se estiverem juntos, podem superar tudo. Mas, na tentativa de consertar um vazamento na cidade, os irmãos caem em um cano verde e são dispersados para lados diferentes: enquanto Mario acaba no Reino dos Cogumelos, Luigi acaba no Reino dos Koopa.

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Nesse contexto são apresentados diversos personagens clássicos da franquia, como Toad, o cogumelo fofo, aventureiro e leal, a Princesa Peach e o vilão Bowser (que é obcecado por Peach). A relação de Mario com a Peach é um dos pontos fortes para os que adoram este casal. O filme mostra como Peach surgiu e foi coroada pelo Reino dos Cogumelos como a Princesa forte e aventureira que conhecemos. Mario se sente motivado quando a Princesa acredita nele, diferentemente de sua família. Peach afirma que Mario não sabe o momento de desistir e é essa insistência que o faz tentar e tentar de novo quantas vezes for necessário até conquistar seus objetivos, sejam eles consertar um encanamento, completar um circuito, resgatar seu irmão em outro reino ou enfrentar o Browser.

Outros personagens clássicos, como o Donkey Kong, também não ficam de fora e tem muita importância na animação. Um dos destaques é a relação que é construída de Donkey com Mario, de rivalidade a cumplicidade. E não é para menos essa importância de Donkey, visto que a primeira vez que Mario apareceu, foi em um jogo do Donkey Kong.

Outro ponto destacável é a trilha sonora, assinada por Brian Tyler e Koji Kondo. Além dos clássicos sons que os jogadores da franquia conhecem bem (que, inclusive, também foram assinados por eles), a trilha também é embalada por clássicos dos anos 80, como “Take on me” de A-ha, que traz uma nostalgia capaz de transportar mentalmente os fãs para os anos 80/90, época em que se assopravam os cartuchos.

E por falar em transportar, há um momento em que Peach fala que existem diversos universos além dos que eles estão vivendo, o que pode ser interpretado por uma perspectiva reflexiva da personagem no filme, ou como uma referência aos easter egg dos jogos que atravessam o filme (Mario Kart, Super Mario Galaxy, Super Mario Odyssey, Super Smash Bros, entre outros). Esses atravessamentos são transmitidos de uma maneira agradável e leve para os telespectadores, encantando aos que já são fãs da franquia com uma série de detalhes, mas sem impactar na história para os que estão tendo a primeira experiência com Mario pelo filme.

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É um filme perfeito para assistir em família, com um pano de fundo sobre a lealdade nos laços de amizade, a coragem e a persistência, Super Mario Bros. acerta na medida do humor e na riqueza de detalhes. Seja para os fãs de longa data ou para os que estão conhecendo a franquia agora, seja para os que jogam desde o Nintendo 64 ou para os que começaram a jogar no Nintendo Switch, ou até mesmo para os que nunca jogaram, um sentimento pode ser comum após assistir o filme: a vontade de jogar Super Mario.

São duas cenas pós-créditos e tudo indica que não para por aí. Há muito para explorar, e a última cena pós-crédito nos dá uma pista de quem vem por aí. E é um personagem muito querido. Mamma mia, a empolgação é grande! 

Crítica por Kauana Amine, jornalista e especialista em Cinema.